O problema das janelas abertas é que, de repente, se ouve vento em todo o lado. É como quando se está grávida e parece que o mundo é habitado por outras mulheres como nós, barrigudas e à espera do dia. Uma senhora deixa a janela aberta, diz que é melhor para espantar fungos micróbios e poeiras, diz que os perigos não são assim tantos, que o maior perigo é viver fechada com todas as chaves. Mas, minhas queridas amigas, de repente e sem saber como, essa tal senhora dá por si a ouvir correntes de ar em todo o lado. Atravessa a rua e sente um rumor . Prepara-se para o pior, mas afinal é só um jornal deixado num banco de jardim. Em casa há qualquer coisa que mexe, revê o plano de emergência para ventanias domésticas. Afinal é só a água que ferve para o chá.
Poderá a surdez ser a salvação para o sobressalto desta senhora?
Poderá a surdez ser a salvação para o sobressalto desta senhora?
12 comentários:
podes empre usar uns tampões para os ouvidos.......mas não garanto que resulte cara Aurora!
Se for uma "surdez selectiva"... O problema da surdez selectiva é que até ser-se capaz de "selecionar" anda-se a ouvir o que se quer e o que se não quer.
Agora, se em vez da surdez, nos colocarmos no outro extremo, ou seja, no do ouvido absoluto, aí sim, será impossivel confundir o som de uma chaleira com o de uma tempestade.
Ouvimos tudo, mas a cada coisa daremos o valor e a atenção que ela realmente merece.
Ai sra.d.Susette!
Que poço de sensatez, até doi.
Um abraço da sra.d.Celeste...
caramba!
essa do ouvido absoluto parece-me uma boa idea, Sra D Susette. Diga-me, a cara amiga está disponível para dar um workshop avançado?
HÃ...?
sodona susette, gostei muito da ideia do ouvido absoluto - confesso que não me tinha passado pela cabeça. E vai daí, derivado a isso, ocorreu-me se não estaria disponível para dar um workshop de treino de ouvido absoluto num qualquer dos abrigos da nossa rede.
Eu percebi! Foi uma piadola, tipo, eu meto-me com estas teorias do ouvido absoluto e blablabla mas depois sou a mais mouca de todas: "HÃ...?" tipo, "desculpe, importa-se de repetir que sou um bocado dura de ouvido..." eh eh!
Eu percebi! Foi uma piadola, tipo, eu meto-me com estas teorias do ouvido absoluto e blablabla mas depois sou a mais mouca de todas: "HÃ...?" tipo, "desculpe, importa-se de repetir que sou um bocado dura de ouvido..." eh eh!
Ai que parva, para além de ser mouca só meto o pé na argola. Agora meti a mesma resposta duas vezes.
Perdoem esta sódona senil. Isto desde a reforma, está a ir a pique. Como vêm não sou a senhora indicada para ensinar alguma coisa a alguém... e ainda por cima, para além de ter perdido o aparelho (do ouvido), perdi os comprimidos do Alzeimer. Enfim. Talvez até seja melhor assim.
oh minha boa amiga, deixe lá que aqui está em boa companhia. Eu não é tanto o alzheimer, é mais o sindrome de tourette que me faz espalhar palavrões pelas ruas da cidade. E a surdez que não chega, que não chega...
Sabe o que lhe digo? Vamos mas é beber um copo de vinho tinto. Diz que não há mal que não seja curado.
Amiga, amiga, invejo-lhe o Tourette.
Quem me dera a mim ser um pouco mais desbocada de vez em quando. Ora, até para isso o vinho serve. Diz que solta a língua e sempre pró lado da verdade.
Que bom termos todas doenças e perturbações mentais. Viva nós!
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