segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Os meus amantes nunca querem dormir comigo. Preferem sempre o sofá ao quarto.
O quarto é para dormir.
No quarto, está-se deitado.
Dentro do quarto está a minha cama. Uma cama enorme, que é feita de duas camas juntas.
Os amantes não gostam disto.
Na sala tenho um pequeno globo de vidro vermelho muito apropriado.
As imperfeições do corpo e da alma escondem-se por trás deste pequeno biombo.
Não recusarei nenhum homem.
Vou dormir com todos, todos os que eu quiser.
Vou dormir com todos e ser magra.
Vou dormir com todos, ser magra e não parecer a idade que tenho.
Sou mais homem do que eles todos, caralho.

4 comentários:

Sra D. Aurora disse...

Ganda Susette. Cheira-me que temos nesse texto o embrião de um manifesto para todas nós.

Sra. D. Celeste disse...

Sra.D. Susette bons olhos a vejam!

Eu juro, juro, mas juro mesmo que quando voltar ao activo não irei recusar nenhum homem e irei eu também dormir com todos os que eu quiserer.

Palvras inspiradoras cum caralho!

Sra D. Susette disse...

D. Aurora, D. Celeste, bons olhos as vejam!
E esse Manifesto de que fala a D. Aurora existe mesmo, parido entre suor, sangue e lágrimas e lavagens de loiça e máquinas de roupa e limpeza do pó.
É o Manifesto da Devassidão. Qualquer dia vos conto, senhoras. Um grande beijo a todas e saudinha, saudinha!

Sra. D. Vitória disse...

grande posta, ó Sra. D. Susette. A minha mulher libidinosa quando a leu, pensou logo 'vai-te a eles, Vitória. Vai-te que o nosso corpo agradece!'